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( Foto- Flickr - M.Martin Vicente flickr )
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Dois patos, depois de um confronto, que nunca demora muito para acontecer, separam-se e afastam-se em direções opostas. Em seguida, cada um deles bate as asas vigorosamente algumas vezes, liberando assim o excesso de energia acumulada durante a luta. Depois disso, eles nadam em paz, como se nada tivesse acontecido.
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Se o pato tivesse a mente de um ser humano, ele conservaria a luta viva no pensamento por meio de uma história. Provavelmente, ela seria assim:
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“ Não acredito no que ele acabou de fazer. Ele chegou a poucos centrímetros de mim. Pensa que é o dono do lago. Não tem consideração pelo meu espaço privado. Nunca mais vou confiar nele. Da próxima vez, ele vai fazer a mesma coisa só para me aborrecer. Tenho certeza de que já está tramando alguma coisa. Mas não vou suportar isso de novo. Vou ensinar a ele uma lição de que não vai se esquecer.”
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Dessa forma, a mente cria suas histórias, uma atrás da outra, e continua pensando e falando sobre elas durante dias, meses ou anos. No que diz respeito ao corpo a luta continua. Em resposta a esses padrões desajustados de pensamento que constituem o EGO o corpo é atacado no seu equilíbrio e funcionamento harmonioso. Medo, ansiedade, raiva, ressentimento, tristeza, rancor ou desgosto intenso, ciúme, inveja – tudo isso perturba o fluxo da energia pelo corpo, afeta o coração, o sistema imunológico, a digestão, a produção de hormônios, e assim por diante.
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Podemos imaginar quanto a vida do pato se tornaria problemática se a mente dele fosse humana. Todavia, é assim que a maioria das pessoas vive na maior parte do tempo. Nenhuma situação, nenhum acontecimento, jamais termina de verdade. A mente e o “EU E MINHA HISTÓRIA”, criado pela própria mente, se encarregam de dar continuidade ao processo eternamente.
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Nós somos uma espécie que tomou o caminho errado. Tudo o que é natural, todas as flores e árvores, assim como todos os animais, teriam importantes lições a nos dar se parássemos, olhássemos e escutássemos. A lição do pato é a seguinte: bata suas asas – isto é,
“ DEIXE A HISTÓRIA PRA LÁ” –
e retorne para o único lugar importante: O momento presente.
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( Eckhart Tolle )
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