Jardins de Sephora

12 abril 2018

Quem me quiser

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Quem me quiser há de saber as conchas
As cantigas dos búzios e do mar
Quem me quiser há de saber as ondas
E a verde tentação de naufragar

Quem me quiser há de saber a espuma
Em que sou turbilhão, subitamente
Ou então não saber coisa nenhuma
E embalar-me no peito, simplesmente

Quem me quiser há de saber a chuva
Que põe colares de pérolas nos ombros
Há de saber os beijos e as uvas
Há de saber as asas e os pombos

Quem me quiser há de saber as fontes
A laranjeira em flor, a cor do feno
À saudade lilás que há nos poentes
O cheiro de maçãs que há no inverno

( Antônio Pelarigo )
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