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Mensagem: Maria
Padilha
Canal: Maria Silvia
Orlovas
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Muitos chegaram até
a mim, desejosos de obter o grande amor.
E eu mesma já
passei pelo mundo dos desejos, pelo mundo das vontades que não são saciadas,
pelas ambições, pela vontade de ter o controle da vida e pelo desejo insano de
nunca viver nenhum tipo de frustração ou infelicidade.
E parece que aquilo
que as pessoas mais temem... Aquilo que elas mais fogem... É o que irão
encontrar. Então, o mundo das frustrações se transformou no meu mundo, o mundo
dos desejos insatisfeitos.
Eu nasci com a
beleza física. Eu nasci com bons atributos. Com a capacidade de falar muito
bem, de me expressar, dançar, andar, me mover... E de ter uma beleza que
respirava comigo.
Mas, nada disso me
fez feliz. O meu corpo não me fez feliz, os meus sentimentos não trouxeram
felicidade. Porque eu queria algo mais, eu queria trocar com alguém.
Eu queria
compartilhar e ter o domínio da situação. Amar e ser amada. Tudo muito, muito
simples aos meus olhos e aos meus sentimentos. Porém, muito difícil no Mundo,
porque queria ser aceita. Eu queria ser compreendida, ser olhada. E que
houvesse troca.
E, ao mesmo tempo,
não queria que nada desse errado. Que nenhuma situação me trouxesse sofrimento
ou um aprendizado através da dor. Com isso, eu flutuava pela vida, pelas
relações... Porque eu não queria aprender. E eu nunca entendi
que houvesse em mim uma recusa. Eu nunca entendi... Que eu não queria aprender.
Eu achava que amava
tanto e que me doava tanto ao amor. Que buscava tanto ajudar as pessoas, que
buscava tanto ser querida por aquele homem que eu amava. E fazia
tudo por ele... E fazia tudo pra que aquela história desse certo, que seria o
suficiente.
E se naquele
momento, alguém ousasse dizer para mim, que eu não estava aprendendo, que eu
não estava aberta ao aprendizado... Ali, eu derramaria a minha ira. Porque não
era correto. Eu era a pessoa que mais se doava, que mais compreendia, que mais
fazia. E que menos recebia.
E eu sei que muitas
pessoas se identificam com esse sentimento. Porque, quando fazemos isso,
fazemos com o objetivo que tudo dê certo. Que encontremos no outro a reciprocidade
do amor. Que encontremos no outro a compreensão do nosso esforço, como um
exercício de compra: eu dou pra você e você devolve para mim.
E quando não
recebemos aquilo que queremos, entramos num profundo sofrimento. E nesse
sofrimento, nas amarguras dessas lágrimas, nos fechamos sem saber sair.
E foi assim que eu
vivi durante muito tempo, um mundo de frustração. Um mundo de silêncio,
fechado... Um mundo de silêncio sem compreensão.
Porque o meu
silêncio não era um silêncio rico, o silencio dos sábios, que escolhem a hora
de falar. O meu silêncio era o silencio da dor, da contrariedade.
E foi muito difícil
na minha evolução espiritual, compreender que eu estava sendo egoísta. Foi muito
difícil na minha evolução, compreender que eu tinha que me soltar, ser eu
mesma, ser feliz por mim mesma, me apoiar, me amar... Que o outro, seria na
minha vida como as flores de um jardim; pessoas queridas que eu iria admirar,
olhar, cuidar, mas que eu não pertencia a elas e elas não pertenceriam a mim.
E foi preciso muito
esforço de minha parte para acessar essa compreensão. Para começar a soltar o
meu coração e para desejar soltar o meu coração. Porque, na verdade, eu nunca
desejei soltar o meu coração.
Eu queria que ele
fosse o domínio da minha vida e aquele que ditava as regras do meu caminho.
Hoje, eu compreendo
que é preciso soltar o coração. Compreendo que é preciso soltar as pessoas e se
desapegar das mágoas e das dores, e da falta de amor.
Compreendo que
Deus, muitas vezes, oferece muito para as pessoas que pouco compreendem.
O meu caminho de
iluminação, de compreensão, de ascensão, foi um longo caminho. E sei que
continuará sendo um longo caminho. Porque a Alma está em constante evolução.
E nesses pedaços
tortuosos, as minhas ondas mentais, eram tão destrutivas e tão nocivas, que
elas machucaram outras pessoas. E feriram a minha estrutura espiritual.
E eu chamo a
atenção de vocês, para que tomem cuidado com aquilo que pensam. Pra que o
pensamento de vocês também não firam os outros. Para que o pensamento de vocês
não firam vocês mesmos.
O amor deve
expandir do coração e criar espaços para uma felicidade mais ampla. Então,
invistam em se amar, em se respeitar e em se fortalecer na sua estrutura.
De todas as lições,
a que eu aprendi e que hoje compartilho a vocês, é deixar o olhar fluir. Não
querer segurar, nem as coisas e nem as pessoas. Observar o movimento que se
passa, junto de você, deixando as dores do passado se seguirem. Pra que venham
momentos mais felizes.
Estamos a serviço
do Bem Maior, a serviço desse Despertar.
Eu Sou Maria
Padilha e ofereço o meu Amor e a minha Luz.
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