Quando Narciso morreu, vieram as deusas do bosque e viram o lago, que antes era de água doce, transformado num lago de lágrimas salgadas.
- Por que você chora? – perguntaram as deusas.
- Choro por Narciso – respondeu o lago.
- Ah, não nos espanta que você chore por Narciso – disseram elas. – Afinal de contas, apesar de sempre corrermos atrás dele pelo bosque, você era o único que contemplava de perto sua beleza.
- Mas Narciso era belo? – perguntou o lago.
- Quem melhor que você poderia saber disso? – disseram, surpresas, as deusas – Afinal de contas, era nas suas margens que ele debruçava-se todos os dias para contemplar-se!
- Por que você chora? – perguntaram as deusas.
- Choro por Narciso – respondeu o lago.
- Ah, não nos espanta que você chore por Narciso – disseram elas. – Afinal de contas, apesar de sempre corrermos atrás dele pelo bosque, você era o único que contemplava de perto sua beleza.
- Mas Narciso era belo? – perguntou o lago.
- Quem melhor que você poderia saber disso? – disseram, surpresas, as deusas – Afinal de contas, era nas suas margens que ele debruçava-se todos os dias para contemplar-se!
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O lago ficou quieto por algum tempo. Por fim, disse:
- Choro por Narciso, mas jamais notei que Narciso era belo. Choro porque, todas as vezes que ele debruçava sobre minhas margens, eu podia ver – no fundo dos seus olhos – a minha própria beleza refletida.
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Paulo coelho
Extraído do livro “O Alquimista”
O lago ficou quieto por algum tempo. Por fim, disse:
- Choro por Narciso, mas jamais notei que Narciso era belo. Choro porque, todas as vezes que ele debruçava sobre minhas margens, eu podia ver – no fundo dos seus olhos – a minha própria beleza refletida.
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Paulo coelho
Extraído do livro “O Alquimista”
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